Que hoje todos os bolos, balas, chocolates, doces de leite e
doces de goiaba com queijo, biscoitos são Luiz (ops! Bono) comidos de três
andares, refrigerantes, algodões doce, pizzas de todos os sabores, pasteis,
coxinhas, pipocas e tudo o mais que representa a infância possa ser comido com
as mesmas calorias que tinham na infância: ZERO.
Zero calorias porque na infância a beleza é outra, a
preocupação é apenas com a hora de brincar e com a tarefa de casa, que nossa
mãe nos lembra, se não, nem nos preocuparíamos com ela.
Que o bullying não passe de brincadeiras resolvidas entre
as crianças, na própria escola, sem precisar da mão julgadora de um adulto que
pouco entende que uma briga feia não resiste a uma hora de futebol, de troca de
papel de carta ou de brincadeira de boneca.
Que no dia das crianças a gente possa pensar como uma, que
vive o hoje como se não houvesse amanhã, que acorda sorrindo, que estuda, leva
carão, tira nota baixa, passa por frustrações, carões, sermões, mas que sabe
como ninguém tratar dos assuntos problemáticos simplesmente ignorando-os e
mudando o foco para algo que ela gosta, como um vídeo game que voltou a ser seu
depois do castigo de uma semana.
Que a simplicidade do conceito de FELICIDADE possa ser praticada
pela criança que nos habita, mesmo quando adultos rabugentos, carrancudos,
traumatizados e cheios de cargas pesadas que a vida trouxe.
Que nunca percamos a capacidade de nos encantar pelo que é
belo, de ficarmos boquiabertos ao ver uma paisagem, ao fazer uma viagem, assim
como a criança fica quando vai pra Disney.
Que acreditemos em super-herois e
princesas, não os da ficção, mas os reais, como os Joaquins Barbosas da vida,
como as Madres Terezas, ou mesmo como alguém próximo a gente, que faz o bem e
nos faz bem. Que a gente possa fazer o bem.
Que a gente se olhe no espelho e se ame, mesmo com as
imperfeições, pois as crianças não reparam em detalhes bobos. Que a gente
misture tudo o que tem de enfeite e coloque, ainda que não combine, só pela
simples vontade de brilhar como uma criança. Que a gente brilhe!
Que nunca percamos a capacidade de nos apaixonar: pelo
outro, pela vida, por um projeto, por um cachorro, pelo trabalho, pela mãe,
pelo irmão. Que saibamos cultivar as amizades de infância como na infância...
Enfim, que neste dia das crianças, sejamos adultos em nossa
melhor versão, a de criança.
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