segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Espetáculo além do Show


Hoje eu vi Bibi Ferreira interpretar Edith Piaf.
Bibi subiu ao palco com um mega salto 7 ou 10, sei lá, em um vestido preto longo e uma echarpe azul.
 

Linda! Linda por que cada vez mais eu vejo que a beleza não está na jovialidade externa, sem rugas e maquiada, mas na interna, com sonhos e vontade de viver.
Bibi cantou por uma hora, em pé, as músicas mais lindas da Piaf e ainda interpretou. A voz dela ia onde ela queria, forte, doce e cheia de personalidade.
Quando terminou o show, o empresário da Bibi disse que ela vai em novembro pra uma turnê em Nova York e no próximo ano fará uma turnê no Rio cantando Sinatra.
Ela, lendo a letra, porque, segundo ela, ainda está estudando, emplacou All the way brilhantemente.
O show foi curto. É óbvio que todos nós ali ficaríamos mais duas horas ouvindo Bibi cantar.
 
Mas também é claro que ninguém reclamou, pois nós vimos ali muito mais do que um grade talento dando um show.
Vimos um exemplo de vida, um ensinamento pra vida. O de que somos movidos não por dinheiro, trabalho e coisas materiais, mas projetos e sonhos de vida: de trabalho, de lazer e tudo o mais que nos mantém vivos.
 
Segundo a Martha Medeiros, "a vida só acontece quando estamos em movimento."
 

Bibi não para e está vivíssima, mais do um bocado de gente de 20 ainhos.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Família, ê, Família á.


Pra começar bem o meu blog vou falar de um tema que diz respeito à todo mundo, gostando ou não, perto ou longe, boa ou ruim, chata ou maravilhosa, todo mundo tem: FAMÍLIA.
Vim ao Rio passar pouco tempo, só três dias. Dessa vez fiquei na casa do meu noivo e não na casa da minha tia. Mas me desdobrei em mil pra lanchar com uma tia, ver meu avô e ir na casa da minha outra tia, envolveu caminhadas, ônibus e metrô. 
Vou te falar, como é maravilhoso dar um abraço, bater um papinho, ainda que de 10 minutos com a família da gente. É uma sensação deliciosa que uma parte de você está espalhada no mundo, que tem gente que abre aquele sorriso quando você chega, porque te adoram e a recíproca é muito mais do que verdadeira.
Eu sou tão abençoada neste quesito família que, mesmo com os contratempos, se melhorar, estraga. É tanta gente, em tanto canto e tanto carinho, que nem sei.
Ver meu avô de 87 anos advogando no escritório simplesmente não tem preço.
Às vezes temos a necessidade de ficarmos um pouco só, de não ouvirmos a opinião de ninguém... Mas tudo isso porque sabemos que na hora que precisar, tem alguém ali pra socorrer, pra consolar, pra rir, pra chorar...
Quanto mais velha eu fico, mais eu penso que a maior tristeza de um ser humano é ser só no mundo.

Beijo grande e segue meu conselho. FAMÍLIA: se você adora, preserve, se você não gosta, tolere.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Cariocas x Paulistanos


Eu, como frequentadora assídua do Rio e de São Paulo (muito mais do Rio) e antiga moradora das duas cidades, sinto-me apta a traçar um perfil destas duas que vivem numa rixa, quase um duelo FLA x FLU ou um SÃO PAULO x CORINTHIANS.

O carioca é assim: tem um bom humor que é nato, tem sempre um sorriso largo no rosto pra te receber. Pra tudo dá-se um jeito, pelo menos diz que sim, mas só até você pedir algo profissional, um favor,  aí o bicho pega.
Pro carioca mover uma palha pra te ajudar em algo profissional leva tempo. Você tem que ir manso, com jeitinho, pedir pelo amor de Deus, porque, pra ele, isso é um MEGA favor, por mais simples que seja.
Na verdade é porque o carioca não é muito afeito ao trabalho, mas também, quem seria? Morando numa cidade linda como aquela, com um sol brilhando lá fora e o coitado dentro de um escritório. Até eu!

Já o paulistano é o oposto do carioca. São sérios, compenetrados, e não são muito de sorrisos largos no primeiro encontro. É uma gente cheia de conteúdo e que o trabalho é o que há de mais importante. O paulistano cresce pelo trabalho, se orgulha do trabalho e vive pra ele.
Logo, se você precisar de qualquer coisa profissional de um paulistano, pode pedir. Ele vai fazer de tudo pra lhe atender e lhe deixar satisfeita. Parece até o povo de Londres, mas nem tanto.

Agora, no Rio, quando você pede uma ajuda, a coisa muda de figura. O carioca adora ser prestativo nas coisas simples e sente o maior orgulho disso. Hoje mesmo comprei uma água "fiado" e o cara na maior boa vontade me vendeu. Paguei, lógico, e deixei já paga pra amanhã. Falei que estava MORTA de sede e que estava sem dinheiro e que deixaria meu iPod com ele enquanto ia em casa. Aí ele se convenceu de que eu era honesta. Gente boa o Sr. Marcos.

Já em São Paulo, não sei se isso aconteceria, pois eles são profissionais e não camaradas, entendeu?

O carioca é malandro e como bom malandro, ele é gente boa, mas não quer obrigação. Tudo na superficialidade.
Já o paulistano é profundo e cheio de conteúdo, ótimos pra um relacionamento sério e uma boa conversa de bar.
Por falar em bar... Os dois se equiparam, pois a vila Madalena é cheia de uns bem legais, assim como no Leblon, Ipanema, Gávea, Flamengo, etc. É nesse etc que está a principal diferença entre Rio e Sampa pra mim.

No Rio a alegria é espalhada pelos quatro cantos, seja na favela, zona norte ou zona sul. Um clima quente da alma, uma alegria de viver, de conviver, de estar na rua em contato com GENTE. Um "tirar onda" da vida, levá-la suavemente, lentamente, sem pressa, pois bem ali tá o mar, tá o morro da Urca, a vista pro Cristo. Pra quê correr?

Em São Paulo a alegria está em núcleos, em lugares "oásis" que só quem é de lá sabe. É uma alegria mais contida, mas é alegria. Pra quem é de fora parece até meio pesada, mas quem é de lá adora.

Pra mim, o resumo disso tudo é que eu, que sou de Fortaleza, aproveito o que há de bom nas duas. Elas nem sonham mas se completam como feijão com arroz e uma pitadinha de pimenta pra dar mais charme. Curto cada uma com suas idiossincrasias. O segredo é respeitar a cultura local seguindo o ditado "em terra de sapo, de cócoras com eles".
Nada de muita pressa no Rio e nem se atreva a ir "a passeio" pra São Paulo. Tenha sempre uma causa, ainda que seja o lazer. Ir pra lá para não fazer nada é pedir pra ser atropelado num metrô ou na paulista pelos transeuntes.

E viva a ponte aérea que aproxima esses opostos que se atraem...




terça-feira, 24 de setembro de 2013

O “tem que”


A gente passa o dia inteiro como um “post it” ambulante tendo que lembrar de um monte de coisas que tem que ser feitas.
TEM QUE: Mandar e-mail chegar no trabalho no horário, ir pro pilates, pagar o pilates, ligar pra fulana pelo aniversário dela, mandar mais e-mails, montar projetos, dar um feedback pra funcionário, marcar um jantar com as amigas, fazer as unhas (pé e mão), depilar, hidratar, malhar... Ufa! São tantos “tem que” que beira a  exaustão. A gente nem consegue separa o que é lazer, o que dá prazer, do que é obrigação.
Eu, em uma hora, tinha que almoçar, montar um projeto para um possível patrocinador e fazer as unhas (pé  e mão). Estava tão agoniada que resolvi para pra escrever, coisa que me faz um bem enorme e esvazia um pouco a tensão.
Escrevendo, percebi que esse monte de “tenho que” na realidade pode perfeitamente ficar pra depois. Ok, minhas unhas estão horríveis e tenho uma reunião já , já, mas e daí? As unhas feitas me farão fechar um bom negócio?
Outro dia foi meu aniversário e “tive que” fazer uma escova no cabelo por que “tinha que” ficar linda no meu dia. Pois é, fiz, mas linda mesmo eu fiquei depois de um super banho de mar no final da tarde, chegando na minha festa de alma renovada.
Outra vez fui visitar meus pais e ia sair rapidinho, porque “tinha que” fazer sei lá o que. Despedi-me 3 vezes e fiquei por mais de duas horas, com eles numa conversa em cima da cama, falando besteira e simplesmente curtindo quem eu mais amo na vida.
Acho que vale o exercício de pensar o que exatamente a gente “tem que”, pra que nossa vida não seja um monte de check list e que percamos os momentos mais doces, singelos e melhores, como uma boa conversa no momento no qual você está absolutamente atrasada, mas a pessoa em questão é sua mãe, seu pais, seu avô de mais de 100 anos...
Pense nisso!


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Paris, só de ida!



Acabei de comprar passagens pra Paris e foram só as de ida, pois a volta, ainda não sabemos direito quando e de onde voltaremos.
Bem, o importante é ir.
Quando começo a pensar em viajar, o saber que vou sair daqui, faz nascer em mim outra Luciana: a livre, a alegríssima, a que quebra barreiras, rompe  amarras, a super saudável  e a pra quem a VIDA É BELA!
Viajar é um dos verbos que mais gosto de conjugar, além de amar e namorar J. Tirar meu corpo do mesmo lugar é o máximo, mas o que sai mesmo é a minha mente, a minha alma. Ela se transporta para um lugar onde me sinto muito mais viva, conjugando o verbo ESTAR VIDA, que inventei agora.
Quisera eu poder manter este estado de espírito sempre em mim, o da leveza, o do livre e o do alegre. Consigo não, ainda! Mas chego lá J.
Enquanto isso vou arrumando pedaços desse estado de graça algumas vezes por ano quando viajo.
Um dia vou e não volto, comprarei um bilhete PARIS SÓ DE IDA.Deixarei minha alma por lá, ainda que esteja aqui ou em qualquer lugar.

Por que viajar, é o meu estado de graça.
Au revoir!