A natureza é sábia! É o que escutamos ao
observar ações cotidianas, nas quais a natureza cumpriu perfeitamente o seu
papel.
A natureza é
sábia ao fazer de nosso cérebro quase que uma esponja capaz de absorver e
armazenar milhares de informações na infância a fim de que possamos
selecioná-las e aplicá-las na fase adulta.
Sábia quando nos
faz fortes e criativos nas idades entre os 20 e os 50 para que possamos
produzir, prosperar e perpetuar a espécie.
Ela é sábia ao
apresentar sintomas físicos em nosso corpo, como uma gripe, uma dor de cabeça,
para que prestemos mais atenção em nossa máquina que nos mantém vivos.
A natureza é
inteligentíssima ao colocar na mulher um hormônio que a faz achar fofinhas as
crianças e despertar o desejo de cuidar e proteger.
Sábia ao fazer o
cérebro masculino mais objetivo e focado, tornando-o super hábil quando o
assunto é defender a prole e, por outro lado, fazer o da mulher capaz de
interligar várias informações ao mesmo tempo, tornando-a ágil em cuidar da
criança, da casa, do trabalho e de mais umas mil tarefas simultaneamente.
Mas a natureza
falha!
Não estou
falando aqui da falha física que gera um câncer, por exemplo, quando o nosso
corpo não foi forte o suficiente para combater uma celular defeituosa.
Refiro-me aqui a
uma falha mais sutil, dais de dentro, que acontece na adolescência. Como somos
burros nessa fase!
Dirigimos
embriagados, entramos em roubadas porque os amigos entraram, não obedecemos a
regras, dormimos demais e perdemos muito dia de sol, de praia... Porém, a pior
dessas falhas juvenis é a incapacidade de perceber o quão importante são os
idosos para a nossa vida.
Queremos
distância de pai e mãe, não temos a menor paciência para nossos avós, nem
queremos saber dos problemas de nossos tios... Enfim, nada que não se refira ao
nosso tão pequeno e tacanho mundinho nos interessa.
Se tivéssemos
investido tempo em ouvi-los sobre suas experiências, seus erros e acertos, sua
cultura, sua geração e tudo o mais que os mais velhos trazem em suas bagagens
de vida, tenho certeza de que seríamos adultos melhores. Pelo menos mais
humildes, mais embasados teórico e emocionalmente, com uma coração menos
ansiosos, mais generoso, pois isso, é a idade quem traz.
Infelizmente, na
adolescência a natureza falha e quando nos damos conta da besteira e queremos
recuperar o tempo perdido, pode ser tarde. Pior ainda é saber que um dia nós
seremos os "velhos chatos" de algum jovem que não estará nem um pouco
interessado em nós.
É vida que
segue.
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