É carnaval no Brasil, é carnaval no Rio.
Andando pelas ruas, nos metrôs, taxis e ônibus, durante este período de festa a gente parece estar dentro de um canal de Tv infantil.
Vemos Freds Flinstons, Alices nos país da maravilha, a turma do Chaves com direito à Chiquinha, Kiko e seu Madruga. Sentamos num bar ao lado de Brancas de Neve e Cinderelas (muitas vezes representadas por homens). Na fila quilométrica do banheiro não há pessoas mal humoradas, mas bailarinas, simpsons, smurfs, hippies, palhaços e a criatividade não tem limites.
Essa é a grande magia do carnaval. Por pelo menos cinco dias é possível nos despir-mos de nós mesmos. Podemos tirar aquela couraça que vem meio sacrificada do trabalho, do dia a dia, do desamor, do estresse, etc, etc.
No carnaval, por pelo menos cinco dias, a gente pode ser quem quiser. Podemos nos fantasiar de um personagem e encarnar também seu espírito.
As bailarinas (homens ou mulheres) ficam mais singelas, os palhaços mais engraçados, os flinstons mais infantis, as Carmens Mirandas mais femininas... Enfim, a gente encarna alguém de quem gostaria de levar um pedaço pro ano todo para que ele ficasse mais leve.
Não dá! Ninguém é personagem, a gente é real e a vida também. Tem problema, tem perrengue, tem tristeza.
Então, já que tudo vai "se acabar na quarta-feira", aproveite esses cinco dias mágicos e dispa-se!
Dispa-se de si mesmo e como bem cantou Chico Buarque "não me diga mais quem é você."
Bjs e até quarta-feira.
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