quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Saudade do que eu vivi, saudade do que eu nem vi.



Essas palavras do Marcelo D2 sempre ficam martelando a minha cabeça. Identifico-me demais com elas quando vem àquela sensação de vazio, de que o caminho escolhido está errado, de que perdemos algo, mas nem sabemos direito o que é, ou até sabemos, não admitimos, não lutamos por ela.

Pode ser por preguiça. Preguiça de mudar o que já está pronto, o que nos é familiar, o que já sabemos, inclusive as imperfeições... Acostumamo-nos com o que nos faz mal só pelo simples fato de termos medo, ou preguiça de encarar o novo.

Pode ser por medo. Medo da solidão, do fracasso, de não conseguirmos alcançar o que planejamos para nossa vida... Ah! Esse planejamento pra vida; quanto mais se faz, menos se concretiza.

Essa mania de queremos controlar tudo, de saber e entender tudo pode nos aprisionar a algo que não vale a pena, mas como já sabemos, é como se fosse nosso, nosso domínio, nosso conhecimento, nos sentimos mais poderosos e seguros.

Isso acontece principalmente no trabalho e nos relacionamentos, imagino, mas acredito que haja alguma outra situação na qual nem parei para pensar, só estas já nos consomem o suficiente.

Porém, a natureza é sábia. Nosso corpo pode até permanecer na situação, mas nossa mente não. Ela passa o dia todo nos perguntando: porque você está fazendo assim? Por que está aguentando esse casamento? Por que não larga esse emprego e monta um negócio seu?

Fica àquela inquietação corroendo a gente por dentro e aparecendo por fora em forma de um rosto insatisfeito, uma pessoa amarga, que até sonha, mas não alça voo.

Minha intuição me diz que, por mais que pareça aterrorizante o pular no abismo desconhecido, é sempre a melhor saída. Passar o resto da vida pensando no que devia ter visto, vivido e sentido saudade de um passado que não foi seu, me parece a pior das lembranças.


Então, voemos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário